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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mercado do Leite



Aumento do volume captado reduz preço do leite
Ìntegra da Matéria de 30/08/12 no Diário da Manhã

Os preços pagos aos pro­du­tores pelo litro de leite re­cu­aram no mês de julho nas prin­ci­pais re­giões pro­du­toras, re­flexo do au­mento no vo­lume de cap­tação do pro­duto. 
O clima mais fa­vo­rável e a pressão das in­dús­trias e das co­o­pe­ra­tivas de­ter­mi­naram as quedas, se­gundo bo­letim Custos e Preços, da Con­fe­de­ração da Agri­cul­tura e Pe­cuária do Brasil (CNA).  
Em Goiás, no mês de julho, o litro do leite foi ven­dido a R$ 0,857, com queda de 2,6% em re­lação ao mesmo pe­ríodo do ano pas­sado. Além do leite, a Su­pe­rin­ten­dência Téc­nica da CNA também avalia, no bo­letim, o de­sem­penho dos mer­cados de milho, soja, café, al­godão, arroz, cacau, boi gordo e feijão, além de apre­sentar dados sobre os es­to­ques mun­diais de al­guns pro­dutos agro­pe­cuá­rios.
O le­van­ta­mento mostra que os preços do feijão também caíram, de­sem­penho in­flu­en­ciado pela maior oferta do pro­duto em vir­tude da co­lheita das áreas ir­ri­gadas do Centro-Oeste e do Su­deste. A re­tração da de­manda também con­tri­buiu para a re­dução de 16,7% dos preços do feijão ca­rioca em Unaí (MG). 
De acordo com a CNA, os preços do feijão preto se­guem es­tá­veis em função da oferta de pro­duto ar­gen­tino. Os es­to­ques na­ci­o­nais estão em ní­veis ra­zoá­veis, o que, aliado à con­si­de­rável di­mi­nuição da de­manda, jus­ti­fica esse ce­nário.
Os preços do café no mer­cado in­terno também re­cu­aram, re­fle­tindo o ce­nário ex­terno.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Discussão Avança nesta Quarta-feira


As discussões desta quarta-feira parecem ter resultado em acordo sobre recomposição de APP o qual permitiria alterações no texto do Novo Código Florestal

Texto reproduzido integralmente de Agência Câmara de Notícias

Alexandra Martins
 

O plenário da comissão mista ficou cheio durante a votação da medida provisória.
 
Acordo sobre a recomposição de áreas de preservação permanente (APPs) de margens de rio, ponto mais polêmico desde o início dos debates, possibilitou a aprovação, na tarde desta quarta-feira (29), das alterações à Medida Provisória 571/12, que regulamenta o novo Código Florestal (Lei 12.651/12).
O presidente da comissão, deputado Bohn Gass (PT-RS) acredita que se chegou ao “acordo possível para evitar o caos ambiental e conciliar produção de alimentos e preservação ambiental”.
Gass acredita que o texto será votado pela Câmara já na próxima semana e deverá ser aprovado. “Eu acredito que a proposta será aprovada facilmente nas duas casas, eu trabalhei para isso, e todos os interesses estavam representados aqui nessa comissão”, sustenta.
Caso não seja aprovada pelo Congresso até 6 de outubro, a MP perde a validade, e vários pontos do novo código vetados pela presidenta Dilma Rousseff ficariam sem previsão legal.

Recomposição
Pelo texto aprovado, em propriedades com área entre quatro e 15 módulos fiscais deverá ser reconstituída faixa de 15 metros de vegetação nativa nos rios com até 10 metros de largura. O texto do Executivo prevê recomposição de 20 metros nesses mesmos cursos d´água para propriedades que tenham entre quatro e 10 módulos.
Para os demais casos, a recuperação das matas ciliares deverá atender a determinação do Programa de Regularização Ambiental (PRA), a ser instituído pelos estados. No entanto, o projeto prevê largura mínima de 20 e máxima de 100 metros. Pelo texto do Planalto, a mata ciliar recomposta deveria ter a metade da largura do curso d’água, com extensão entre 30 e 100 metros.
Bohn Gass explicou ainda que, no texto aprovado hoje, os rios intermitentes com até 2 metros de largura também passaram contar com proteção. Nesse caso, deverá haver APP de 5 metros, independentemente do tamanho da propriedade.

Estados
Integrante da bancada ruralista, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) considerou o acordo positivo. Segundo ele, o texto acolhido acaba com a definição “a partir de Brasília sobre o que deve ser recuperado, sem considerar as realidades de cada estado”.
Caiado explica que foi retirada a data limite – 22 de julho de 2008 – para a continuidade das atividades produtivas nas chamadas áreas consolidadas, APPs desmatadas irregularmente. De acordo o deputado, “a avaliação será feita pelo estado, que definirá no PRA quanto deverá ser recuperado”.
O parlamentar também acredita que o texto da comissão será aprovado nos plenários da Câmara e do Senado. “Tem tudo para isso”, assevera.

Críticas
Os ruralistas têm maioria na comissão especial e saíram comemorando a aprovação da Medida Provisória. Já o deputado Márcio Macedo (PT-SE), integrante da Frente Parlamentar Ambientalista, ainda tem esperança de modificar o texto na votação da matéria no Plenário da Câmara.
"Mediante a correlação de forças que a comissão reproduziu, ou era isso que foi aprovado ou o caos. Então, foi o entendimento possível. Vamos agora tocar para frente e ver como mobilizar o Plenário e a sociedade para melhorar esse texto", defendeu.
O PV divulgou nota em que classifica o acordo para a aprovação da MP como uma "violenta agressão ao meio ambiente e aos princípios democráticos".O líder do partido, deputado Sarney Filho (MA), disse ter se recusado a participar da reunião para não legitimar um acordo que, segundo ele, beneficia ruralistas e deixa milhões de hectares de vegetação desprotegidos no brasil.

Pequenos
Para as pequenas propriedades, a recomposição de APP permanece como prevista no texto do Executivo. Imóveis com área de até um módulo fiscal terão de reconstituir faixas marginais de cinco metros. Para os imóveis rurais com área entre um e dois módulos fiscais será obrigatória a recomposição em oito metros.
Já as propriedades com área superior entre dois e quatro módulos serão obrigadas a recompor 15 metros de vegetação. Em todos os casos, a recomposição será independente do tamanho do rio.

Multas
Quanto às multas para quem desmatou irregularmente áreas de preservação, permanece o texto proposto pelo governo – para que sejam convertidas o proprietário deverá inscrever-se no PRA.
 

Confira a Íntegra da proposta ainda sob forma de Medida Provisória:

MPV-571/2012


Confira a Íntegra da Lei que institui o Novo Código Florestal:

LEI - 12.651/2012


Reportagem – Maria Neves e José Carlos Oliveira/ Da Rádio Câmara
Edição – Juliano Pires


 

A Qualificação no Campo


Empreendedor rural sofre com escassez de trabalhadores treinados para manejo de máquinas
Íntegra do Texto de Wandell Seixas - Diário da Manhã 29/08/2012

Há pro­du­tores ru­rais pa­gando sa­lá­rios em torno de R$ 3 mil em di­fe­rentes re­giões ge­o­e­conô­micas do Es­tado, para um ope­rador de má­quinas de alto nível tec­no­ló­gico. Os can­di­datos ho­mens de­sa­pa­re­ceram e muitas dessas fun­ções passam a ser ocu­padas por mu­lheres. A cons­ta­tação é do Ser­viço Na­ci­onal de Apren­di­zagem Rural em Goiás (Senar-GO) e, se­gundo o su­pe­rin­ten­dente do órgão, Mar­celo Costa Mar­tins, tem se des­do­brado pela re­a­li­zação de novos trei­na­mentos no Es­tado a fim de su­prir a de­manda. 
“Os cursos não têm custos para os pro­du­tores, nem para os em­pre­gados”, frisa Mar­tins. “É um atra­tivo a mais para os agro­pe­cu­a­ristas pre­ser­varem os em­pregos nas fa­zendas e me­lho­rarem, também, os ren­di­mentos nas pro­pri­e­dades.”
A So­ci­e­dade Goiana de Pe­cuária e Agri­cul­tura (SGPA), que con­grega di­re­ta­mente mais de cinco mil as­so­ci­ados, de­monstra pre­o­cu­pação com o pro­blema. Ontem (28), por exemplo, o pre­si­dente da ins­ti­tuição, Ri­cardo Yano, reuniu-se com Mar­celo Costa Mar­tins, para ne­go­ciar uma par­ceria com a en­ti­dade. A ideia de Yano é pro­por­ci­onar trei­na­mentos aos em­pre­gados das fa­zendas, no pró­prio local de tra­balho e, al­guns de gestão ou li­de­rança em­pre­en­de­dora, no Parque Agro­pe­cuário de Goi­ânia.
So­mente no ano pas­sado, o Senar-GO re­a­lizou 4,2 mil trei­na­mentos a 50 mil pes­soas. Em 2013, a pro­posta é de al­cançar 4,5 mil cursos e en­volver 60 mil trei­nandos no Es­tado in­teiro. Os pe­didos, no geral, são feitos por in­ter­médio dos sin­di­catos ru­rais pa­tro­nais, que hoje são mais de 120 dis­se­mi­nados no in­te­rior.
Com o cres­cente êxodo rural, o Senar-GO de­sen­volve ações para que a ren­ta­bi­li­dade au­mente nas pro­pri­e­dades ru­rais do Es­tado. “Não pelo uso de cré­dito ou fi­nan­ci­a­mento, mas pela uti­li­zação de tec­no­lo­gias ade­quadas e ne­ces­sá­rias, para que o pro­dutor possa, desta forma, oti­mizar o pro­cesso pro­du­tivo”, ob­serva Mar­celo Mar­tins.
Em de­cor­rência da falta de mão de obra mas­cu­lina no campo, os pro­du­tores têm bus­cado, com maior in­sis­tência, as mu­lheres, tra­di­ci­o­nal­mente meras do­més­ticas no meio rural. 
A sur­presa é que no pro­cesso de hi­gi­e­ni­zação das fa­zendas, so­bre­tudo nas salas de or­denha, as mu­lheres têm so­bres­saído. As usinas de cana, no sul e su­do­este do Es­tado, têm con­tra­tado as mu­lheres com maior in­sis­tência e os re­sul­tados são mais po­si­tivos, con­forme depõe o su­pe­rin­ten­dente do Senar-GO. “Elas operam má­quinas so­fis­ti­cadas sem ne­nhum pro­blema”, acres­centa. E con­clui: “as má­quinas mo­dernas não exigem força fí­sica e sim co­nhe­ci­mento.”
Em Ita­beraí, Gilson Costa, da Nata do Leite, é um dos cri­a­dores que optou pela maior par­ti­ci­pação da mu­lher no pro­cesso de lim­peza da sala de or­denha e ou­tros equi­pa­mentos. O peão fica para ou­tras ta­refas, como tocar as vacas para o curral ou o cocho, aplicar va­cinas, entre ou­tras ações. O ra­ci­o­cínio dele é o de que, num tra­balho com­par­ti­lhado, o casal au­fere maior renda e a ten­dência é o de se manter no em­prego. “Pre­parar uma mão de obra é di­fícil, so­bre­tudo hoje, com a ci­dade grande atu­ando como cha­mariz”, adi­anta.
“Pelas in­for­ma­ções dis­po­ní­veis, se al­guns anos atrás, 100% das ta­refas nas fa­zendas ca­biam aos ho­mens, este per­cen­tual hoje caiu para 80% a 70%”, expõe Mar­celo Mar­tins. Em função das di­fi­cul­dades de qua­li­fi­cação no campo, o Senar-GO, braço di­reito da Fe­de­ração da Agri­cul­tura e Pe­cuária de Goiás (Faeg), criou frentes de tra­balho vol­tadas para a pro­fis­si­o­na­li­zação no campo. São, atu­al­mente, 105 tipos de trei­na­mento, di­vul­gados di­re­ta­mente nas pro­pri­e­dades ru­rais, o pró­prio meio dos cri­a­dores e de seus tra­ba­lha­dores.
Em par­ceria com o Mi­nis­tério da Edu­cação (MEC), o Senar-GO passou a co­locar em prá­tica também o Pro­grama Na­ci­onal de Acesso ao En­sino Téc­nico e Em­prego (Pro­natec), que no Es­tado tem a Se­cre­taria da Edu­cação como par­ceira. A ideia é tra­ba­lhar a qua­li­fi­cação pro­fis­si­onal de jo­vens do se­gundo grau.
O Pro­natec dispõe de 343 turmas, com 5.180 alunos e a acei­tação é boa, se­gundo ma­ni­festa o su­pe­rin­ten­dente do Senar-GO. “São ações que ob­je­tivam a me­lhoria da mão de obra, con­se­quente au­mento dos ín­dices de pro­dução, pro­du­ti­vi­dade e, so­bre­tudo, a qua­li­dade dos ser­viços e dos pro­dutos. Todo esse com­plexo cul­mina por fa­vo­recer in­di­re­ta­mente a renda dos pro­du­tores”, con­clui Mar­celo Mar­tins.

Fonte: www.embrapa.br

E a novela continua...


 Sem acordo, votação de mudanças na MP do Código Florestal fica para esta quarta
Medida Provisória perde validade no dia 8 de outubro

Comissão deve votar destaques ao texto nesta quarta

O presidente da Comissão Mista do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória que regulamenta o novo Código Florestal, deputado Bohn Gass (PT-RS), confirmou na tarde desta terça, dia 28, o adiamento da votação de destaques ao texto para a manhã de quarta, dia 29.

— O esforço dos últimos dias foi enorme para se chegar a um entendimento, porque a votação aqui tem de ser por unanimidade, mas esse acordo ainda não foi possível — explicou.

A comissão já aprovou o texto básico da MP e quatro destaques no dia 8 de agosto, mas a análise dos mais de 30 destaques emperrou, no início de agosto, quando os ruralistas, em maioria no colegiado, retiraram a proteção dos rios temporários, que não têm água o ano inteiro.

Para retomar a análise da MP, o comando da Comissão quer anular a polêmica votação dos rios temporários e, para isso, precisa da concordância de todos os parlamentares, já que essa anulação não está prevista no Regimento do Congresso. O presidente da Comissão, deputado Bohn Gass (PT-RS), explica que a maioria dos ruralistas já concordou, mas ainda falta vencer a resistência de dois parlamentares.

— Esperamos que o convencimento desses também aconteça. Não podemos deixar um caos jurídico e um caos ambiental: esse é o desastre. Por isso, estou dialogando, buscando, remarcando reunião para chegarmos a esse entendimento para o bem do Brasil, da produção e do meio ambiente — disse.

Segundo Bohn Gass, o relator da MP, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), quer apresentar, em bloco, uma solução para todos os pontos polêmicos, para aprová-los por acordo. As negociações também envolvem o governo. Ainda discute-se, por exemplo, a faixa de preservação das veredas e até uma pequena flexibilização do conceito de Amazônia Legal para não prejudicar a produção rural no Tocantins, onde há predominância do bioma Cerrado.

Quanto à anistia para quem desmatou, o deputado Bohn Gass garantiu que não haverá retrocesso.

— Não queremos nenhuma anistia de multa. Temos o PRA, que é o Programa de Regularização, onde tem o termo de compromisso e, cumprido o que está acordado, a pessoa passa a fazer o seu pagamento com serviços ambientais. Mas não anistia.
Ex-ministro da Agricultura, o deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), não vê sentido na manutenção de focos de resistência entre os ruralistas. Ele alerta que a possível perda de validade da Medida de Provisória será caótica também para o agronegócio.

— Na minha visão, seria uma grande irresponsabilidade não se votar esse relatório porque aí a Medida Provisória vai acabar caindo e vamos ficar sem regras para as áreas consolidadas, o que trará enorme dificuldade para a agricultura.

Depois da votação dos destaques na comissão, a MP precisará ser votada nos plenários da Câmara e do Senado. A medida perde a validade em 8 de outubro.

Íntegra de nota publica no www.ruralbr.com.br

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Votação dos destaques à Medida Provisória do Código Florestal será retomada


Comissão mista do Congresso Nacional retoma votação de emendas à MP do Código Florestal
Discussão está prevista para terça, dia 28
Foto: Antonio Cruz/ABr

A comissão mista do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória que altera o novo Código Florestal, se reúne na terça, dia 28, para dar continuidade à votação dos destaques apresentados ao parecer do relator da MP, senador Luiz Henrique (PMDB-SC). A comissão já aprovou o texto-base do relator e ainda precisa analisar 38 destaques.

O texto-base do parecer estabelece, por exemplo, a obrigatoriedade de recuperação de 20 metros de mata ciliar nas médias propriedades, de 4 a 10 módulos fiscais. Os ruralistas queriam a redução dessa faixa para 15 metros, mas o relator concordou apenas que a porção recuperada não poderá ocupar mais do que 25% da propriedade.

No último dia 8, a comissão aprovou quatro alterações ao parecer: a que acaba com a necessidade de preservação permanente nos rios não perenes; a que suprime o conceito de área abandonada; a que retira a limitação para aplicação de pousio nas propriedades rurais; e a que acrescenta uma definição de crédito de carbono ao novo Código Florestal.

A votação foi interrompida no dia 9 por decisão do presidente da comissão mista, deputado Bohn Gass (PT-RS). Segundo parlamentares da base governista, algumas emendas apresentadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária preocupam o governo federal, que teme retrocesso nos acordos já firmados em torno do novo Código Florestal.

Depois da votação dos destaques na comissão, a MP 571 precisará ser votada nos plenários da Câmara e do Senado. A MP perde a validade em 8 de outubro.

Fonte: íntegra da matéria de 26/08/12 no www.ruralbr.com.br e AGÊNCIA CÂMARA