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sexta-feira, 1 de março de 2013

Técnica no Campo



Melhoramento genético fica mais acessível para os pequenos produtores de leite

Fonte: www.ruralbr.com.br
Foto: Larissa Marta / Especial

Melhoramento genético não apenas é acessível a todos os produtores de leite como pode ser mais simples de ser feito pelos pequenos. Guilherme Marquez explica que inseminar a fêmea sai muito mais barato que comprar um touro

A instabilidade do mercado do leite no Brasil e a alta nos custos de produção aumenta a necessidade de investimento em tecnologia e genética na área, pois a produtividade nem sempre é satisfatória. O gerente nacional do leite da Alta Brasil, Guilherme Marquez, explica que o melhoramento genético não apenas é acessível a todos os produtores de leite como é mais simples de ser feito pelos pequenos.

– Se o pequeno produtor coloca a mão no animal duas vezes por dia, é inaceitável que ele não insemine, já que ele sabe quando a vaca está no cio. Por que não fazer um rebanho que seja melhorador? Todo o produtor conhece a melhor vaca que tem, e inseminá-la sai muito mais barato que comprar um touro – explicou o especialista em entrevista ao programa Bom Dia Campo, do Canal Rural, na terça passada, dia 26.

Na entrevista completa, ele explica ainda a evolução do melhoramento genético no setor leiteiro e os custos de produção, além de dar dicas aos produtores rurais.

Para ficar mais informado assita o vídeo abaixo:


Mercado do Leite



Dificuldades dentro da porteira levam a reajuste no preço pago pelo leite ao produtor, aponta Cepea. Na comparação com o mesmo período de 2012 valor teve alta de 0,6%

Fonte: www.ruralbr.com.br
Foto: Divulgação/Governo do Estado do Espirito Santo

O preço do leite recebido pelo produtor em fevereiro (referente à produção de janeiro) aumentou 1,35% em relação ao mês anterior, com o litro cotado na média de R$ 0,8219 (preço líquido), segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Esse valor refere-se à média ponderada pelos volumes captados nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Bahia. O preço bruto, quando se consideram frete e impostos, subiu para R$ 0,8941/litro. O valor representa alta de 0,6% em termos reais na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os reajustes foram motivados pela queda da produção em janeiro. Conforme o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite), o volume recebido por laticínios/cooperativas de sete estados recuou 2,67% de dezembro para janeiro. Na Bahia, a queda chegou a 10,8%, a maior entre os Estados da pesquisa. Em seguida, Minas Gerais teve captação 5,2% menor, acompanhado de Goiás (4,6%) e São Paulo (2,4%). No Sul, a captação avançou 0,76% devido, principalmente, ao aumento da produção do Paraná (6,1%), único estado da pesquisa que produziu mais em janeiro que em dezembro.

A menor captação reflete as dificuldades para o produtor manter os investimentos na atividade. Conforme pesquisadores do Cepea, insumos como o concentrado e fertilizantes ficaram levemente mais baratos no início deste ano, mas, o custo de produção aumentou com o reajuste do salário mínimo, que tem impacto direto nas despesas com mão de obra.

Além dos custos mais altos, outro problema apontado pela equipe Cepea é o calor, que reduziu o desempenho produtivo dos animais na maioria das regiões pesquisadas. No Nordeste, em especial, pesa a escassez de forragem para o rebanho devido à estiagem prolongada. Paralelamente, agentes consultados pelo Cepea relatam que o excesso de chuvas no Sudeste e em algumas regiões do Sul também prejudicou o transporte de leite da propriedade até a plataforma das indústrias.

No segmento de derivados lácteos, fevereiro tem sido um mês de estabilidade, conforme o Cepea. Tanto o preço do leite UHT como do queijo muçarela no atacado do Estado de São Paulo seguem praticamente nos mesmos níveis de janeiro.

O leite UHT em fevereiro (cotação até o dia 27) tem média de R$ 1,90/litro e o queijo muçarela, de R$ 11,42/kg, ligeiras reduções de 0,9% e 0,15% em relação a janeiro, respectivamente. Colaboradores do Cepea acreditam que o consumo tenda a aumentar a partir de agora, com a retomada efetiva das aulas, e que os preços devam se recuperar. Essa pesquisa do Cepea é feita diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

AO PRODUTOR

Em fevereiro, os preços aumentaram em quase todos os Estados da pesquisa Cepea. A exceção foi São Paulo, onde a média foi de R$ 0,9035/litro (preço bruto), com leve redução de 0,7% frente a janeiro. Já na Bahia aconteceu o maior aumento entre os estados da pesquisa, de 7,8% (ou 6,5 centavos por litro), com o litro cotado a R$ 0,8918. Em Goiás, o aumento foi de 1,9% (ou 1,7 centavo por litro), com a média bruta a R$ 0,9223. Logo em seguida esteve Santa Catarina, com alta de 1,54% e média de R$ 0,8772, o que significa 1,3 centavo a mais por litro.

No Paraná, o reajuste foi de 1,52% (1,3 centavo por litro), com a média a R$ 0,8972/litro. Em Minas Gerais, com o aumento de 1,2 centavo, o litro teve média de R$ 0,9050. Por fim, no Rio Grande do Sul, o aumento foi de 1,3% ou 1,1 centavo por litro, sendo média calculada em R$ 0,8364/litro.

Entre os Estados que não compõem a “média nacional Cepea”, o maior aumento (1,2%) foi registrado no Espírito Santo, onde o litro foi cotado a R$ 0,8783 (valor bruto). No Rio de Janeiro, o preço do leite aumentou 1% (0,9 centavo), com a média indo a R$ 0,9601/litro. O preço no Ceará teve aumento de 0,8% (0,8 centavo), chegando a R$ 0,9611/litro. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou praticamente estável, com leve alta de 0,4%, com o litro a R$ 0,8039.

Para o mês de março (produção de fevereiro), a maior parte dos representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea (56% dos entrevistados, que representam 52,1% do volume de leite amostrado) acredita em estabilidade nos preços. Já para 34% dos entrevistados (que representam 41,9% do volume de leite amostrado), a expectativa é de nova alta e 10% dos consultados (6% do volume amostrado) acreditam que deve haver queda nas cotações.

Mercado do Boi Gordo



As perspectivas de um ano de incertezas na pecuária de corte brasileira

Compilação de matérias veiculadas em www.ruralbr.com.br

Mesmo com pressão dos frigoríficos, São Paulo registra negócios a R$ 100 por arroba do boi gordo. Para completar as programações de abate a preços mais baixos, parte dos compradores tem fechado negócios nos Estados vizinhos, diz Scot Consultoria. Frigoríficos chegam a ofertar R$ 94,00 por arroba do boi gordo, mas negócios não são fechados.
Foto: ABCSindi/Divulgação.

Aos poucos, as ofertas de compra abaixo da referência ganham volume no mercado brasileiro do boi gordo. Em São Paulo, frigoríficos chegam a ofertar, sem sucesso, até R$ 94,00/arroba, à vista. A referência segue em R$ 98,00/arroba, nas mesmas condições, e, segundo levantamento da Scot Consultoria, há relatos de negócios efetuados a R$ 100,00/arroba, à vista.
Grande parte dos frigoríficos que pressionam o mercado paulista compõe quase toda sua programação de abate com boiadas compradas de Estados vizinhos. As escalas evoluíram praticamente um dia nas indústrias de São Paulo.
O reflexo disso pode ser visto no Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande e em Três Lagoas, houve reajuste nos preços da arroba, cotada em R$ 91,00, à vista. Foram registrados negócios também a R$ 92,00/arroba, à vista.
No mercado atacadista de carne bovina, os estoques de carne estão ajustados, com expectativa de melhoria nas vendas nos próximos dias, de acordo com os pesquisadores.

Indicador do Cepea se mantém praticamente estável em fevereiro
Os preços do boi gordo têm se mantido praticamente estáveis no mercado brasileiro em fevereiro. Entre os dias 20 e 27, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa passou de R$ 98,10/arroba para R$ 97,95/arroba, ligeira queda de 0,16%.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa estabilidade persiste há várias semanas. Desde o início do ano, por exemplo, o Indicador oscilou entre a mínima de R$ 97,02 (em 8/01) e a máxima de R$ 98,40 (em 8/02). Em fevereiro, o Indicador acumula pequena alta de 0,23%, até o dia 27.

Confira as cotações do mercado no link abaixo:

Especialistas afirmam que produtor brasileiro de carne terá um ano difícil
Volatilidade dos preços das commodities agrícolas, câmbio desfavorável, surtos de doenças e restrições à exportação podem prejudicar o setor em 2013
Foto: Eduardo Ongaro
Produtores brasileiros de carne bovina, por sua vez, devem ser beneficiados por um ciclo pecuário favorável
A Fitch Ratings projetou na quarta, dia 27, que os produtores brasileiros de proteína animal terão um ano de 2013 "difícil". Em relatório, a agência de classificação de risco disse que o setor terá dificuldades em gerar lucro, fluxo de caixa e novos negócios neste ano.
– Em diferentes níveis, todos os produtores brasileiros de proteína estão expostos a riscos, incluindo volatilidade dos preços das commodities agrícolas, câmbio desfavorável, surtos de doenças e restrições à exportação – comentou Viktoria Krane, diretora da Fitch.
Os custos com ração seguem elevados para produtores de carne suína e de frango. Produtores de carne bovina, por sua vez, devem ser beneficiados por um ciclo pecuário favorável no Brasil e por preços altos da carne tanto nacional quanto internacionalmente, segundo o relatório.
Ainda de acordo com a Fitch, o ano será negativo ou neutro para o fluxo de caixa livre em razão de fatores como baixa lucratividade, capital de giro elevado e exigências de despesas de capital para sustentar o crescimento.
Produtores brasileiros de proteína captaram cerca de US$ 2 bilhões em dívida de longo prazo em janeiro de 2013. O volume, combinado com ofertas de ações no final de 2012, ajudarão as empresas a honrar os vencimentos de 2013 e melhorar o perfil de suas dívidas. Em geral, a liquidez não foi uma preocupação para as companhias de proteína em 2012, que continuarão a depender de fontes externas de financiamento em 2014 e além, concluiu o relatório da Fitch.

Preços da carne no atacado reforçam pressão de baixa no mercado do boi gordo
Mesmo diante do aumento das tentativas de negócios a preços mais baixos, cotação média da arroba segue estável em R$ 98,00, à vista, em São Paulo
Foto: Anderson Petroceli, especial, BD /
Oferta e volume de negócios no mercado do boi gordo diminuíram na terça, dia 26
As tentativas de fazer negócios a preços menores nas compras de animais para abate aumentaram em São Paulo e nas praças vizinhas, segundo pesquisa da Scot Consultoria. Com isso, a oferta e o volume de negócios diminuíram ainda mais na terça, dia 26.
Essas tentativas ganharam força devido aos preços desvalorizados da carne bovina no atacado nos últimos dias, o que têm diminuído a margem das indústrias. Em São Paulo, a referência para o boi gordo segue estável em R$ 98,00/arroba, à vista, e R$ 99,00/arroba, a prazo.
As escalas não evoluíram e atendem, em média, dois a três dias úteis.
No atacado com osso não houve variações. O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 6,24/kg, preço 1,7% menor que há uma semana, quando a cotação estava em R$ 6,35/kg.

Preço do boi gordo em fevereiro de 2013 é o menor em três anos em valores reais na comparação com fevereiro de 2011, queda na cotação da arroba chega a 13,9%
Foto: Eduardo Viné Boldt
Cotação média da arroba do boi gordo foi de R$ 98,82 em fevereiro
Mesmo com as recentes altas na cotação do boi gordo, o preço médio da arroba registrado em fevereiro ainda é o menor em três anos, em valores reais, segundo a Scot Consultoria. Até o dia 25 de fevereiro, o preço médio em São Paulo ficou em R$ 98,82/arroba, a prazo. No mesmo mês de 2012, a cotação média foi de R$ 98,92, valor 0,1% maior.
Quando deflacionados os valores pelo IGP-DI, o valor este ano está 7,5% menor que no começo de 2012. Na comparação com fevereiro de 2011, o recuo nominal é de 3,8%. Em valores reais, a queda é de 13,9%. A arroba era negociada por R$ 114,75, em valores de hoje (deflacionados).
Os aumentos nas participações de fêmeas nos abates em 2011 e 2012 corroboram com o mercado mais ofertado e os preços menores, o que caracteriza a fase de baixa do ciclo pecuário.


Mercado de Reposição de Gado de Corte



Importância da aplicação das técnicas de manejo de pastagens

Investir em boas pastagens têm melhorado o mercado de animais de reposição segundo uma das maiores empresas de consultoria do setor. A Scot Consultoria faz observações sobre este cenário registrado especialmente no Centro-Oeste do país, destacando o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em matéria publicada em veículos do meio, afirma que a melhora das condições das pastagens, fizeram com que aumentasse a demanda no mercado de reposição. O mercado do boi gordo firme nestes Estados também está influenciando a maior procura por animais de reposição, de acordo com levantamento da Scot Consultoria.
Em São Paulo, esse cenário também foi registrado, dando firmeza às cotações. O boi magro anelorado (12 arrobas) está sendo negociado, em média, em R$1.200,00/cabeça, segunda alta consecutiva. Na média de todas as categorias cotadas no Estado, a alta foi de 2%.
Na Bahia, as chuvas que começaram nos últimos dias melhoram a situação das pastagens aos poucos. A oferta de animais diminuiu e os preços estão estáveis, mas a demanda está comedida, com isto o volume de negócios é pequeno.
O mercado do boi gordo lento e a falta de pasto têm atrapalhado os negócios no mercado de reposição em Estados como Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.