Cartel da Carne: Tema é discutido no Congresso
Texto por Wandell Seixas - Diário da Manhã (07/08)
A cadeia produtiva da bovinocultura de corte, setor do qual sobressai o cartel da carne por parte de frigoríficos, é tema da audiência pública de hoje, no Congresso Nacional, em Brasília. De Goiás, estará presente, entre outras pessoas, o presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Ricardo Yano.
O vice-presidente da Frente Nacional da Pecuária (Fenapec) – composta por associações de pecuaristas –, Luiz Antônio Nabhan Garcia, reafirmou ontem convite às lideranças do setor pecuário para comparecerem à reunião no Distrito Federal (DF).
A Fenapec conta com 14 entidades representativas do agronegócio e “agora concretiza aliança com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no empenho da defesa e das conquistas do setor produtivo da pecuária de corte”.
O presidente da SGPA avalia a audiência pública como “um fator relevante para se tentar chegar a uma situação a mais harmônica possível entre os segmentos da cadeia produtiva da carne”. Yano está convencido de que “o pecuarista não pode continuar sendo o elo frágil da cadeia, quando é ele quem cria, engorda e fornece o boi gordo à indústria frigorífica”.
A cartelização da carne é condenável em sua opinião, porque impõe preços aos criadores e consequentes prejuízos.
A agenda dos produtores rurais a ser apresentada nesta audiência pública compreende os seguintes assuntos: concentração, cartel e monopólio das indústrias frigoríficas; equilíbrio comercial na cadeia da pecuária, com relação à carne bovina e seus derivados; implantação de qualificação de carcaças e raças bovinas; padronização do quilo vivo na pesagem de animais para abate; garantia da indústria ao produtor na comercialização a prazo; criação de conselho que reúne produtor, indústria e varejo; participação efetiva do governo em políticas de apoio ao setor produtivo; transparência explícita nos recursos públicos nos bancos e fomento; além das aquisições de debêntures das indústrias frigoríficas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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