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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Uma raça forte e diferenciada

O GIR LEITEIRO
 

A origem da raça

A raça gir leiteiro originou-se na região das montanhas de Gir, Península de Kathawar, na Índia, não se sabe ao certo quando. As raças zebuínas começaram a chegar no Brasil por volta do século XVII até os anos 1960; em relação ao Gir, é provável que tenha chegado no país por volta de 1906. Em princípio foram importados animais do norte da África, região do rio Nilo, depois da África Ocidental (Como Senegal e Guiné) e, só depois de algum tempo, finalmente as linhagens da Índia. Um dos pioneiros na empreitada de trazer para o Brasil as raças indianas foi o criador Teófilo de Godoy, que visitou a Índia entre os anos de 1893 e 1906, o que acabou por incentivar e encorajar outros criadores.

As Características da Raça

Originalmente composto por animais de porte menor e com dupla aptidão, nenhuma delas especializada, o Gir no Brasil tem sido adaptado para maior produção de leite (Gir Leiteiro), funcionalidade natural da raça. Há ainda outra vertente que seleciona os animais mais voltados para a caracterização racial e produção de carne e tipo.

Todos os animais da raça gir produzem leite, mas o gir leiteiro está em freqüente processo de aperfeiçoamento em várias gerações, tendo suas produções aferidas oficialmente, o que permite selecionar os animais pelo seu desempenho produtivo real, não por estimativas na base da suposição. O que realmente determina o valor de um animal é o conhecimento da produção de sua linhagem (bisavós, avós, pais, irmãos e filhos).

Os atuais níveis de produção do gir leiteiro apresentam volumes mais que adequados para o clima brasileiro e condições de manejo do rebanho, com genética variada o suficiente para sustentar os programas de seleção com vista no melhoramento. O gir leiteito apresenta percentagem de gordura considerada alta comparada com raças mais especializadas (em torno de 5%).

O gir apresenta grande persistência na lactação com muitos animais produzindo leite muito além de 305 dias. A produtividade média do gir leiteiro (3.233 kg) possibilita manter sua produtividade apoiada apenas com pastejo bem manejado. Mesmo em períodos de seca, desde que atendidas suas exigências nutricionais, o gir não costuma apresentar quebra de produção. É uma raça extremamente dócil, de boa índole e lida fácil, o que facilita muito até mesmo o esquema de criação confinada.

O gir se adapta muito bem à ordenha, mesmo aquelas mais rústicas e tradicionais, além da utilização dos mais modernos equipamentos de ordenha.

Por conta do seu metabolismo, índice de ingestão de alimentos mais baixo, o gir leiteiro pode expressar seu potencial produtivo com menos alimento, em relação às raças taurinas, não exigindo alta taxa de reposição alimentar.

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