Código Florestal pode ir parar na Justiça
Depois de toda aquela disputa travada no Congresso
nos últimos meses entre o governo federal e a bancada ruralista para aprovar a
MP (medida provisória) que complementa o texto do novo Código Florestal, a
questão ainda pode ter um novo confronto, e desta vez nos tribunais.
Em matéria veiculada no Folhapress
(Brasília) o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), ex-presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária do País disse que “vai haver problemas principalmente
no que tange as áreas de proteção consolidadas e os princípios colocados
na medida provisória. São dois pontos que vamos buscar nossos direitos na
Justiça”.
De acordo com o parlamentar, mesmo após a aprovação
do novo texto do Código Florestal ainda não ficou claro se as áreas consolidadas
compreendem apenas a zona rural, a urbana ou as ambas, e isso pode abrir
margem para penalidades aos produtores pois dependerá de interpretações de
cada juíz. Alguns ruralistas avaliam que o texto aprovado ainda é muito
abrangente e não respeita a realidade de cada região do País.
A MP tem como fundamento “a proteção e o uso sustentável
das florestas e demais formas de vegetação nativa” e consagra compromisso
do País com o modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentável. “Isso
é muito subjetivo. Dá margem para qualquer tipo de interpretação sem que
seja levado em conta a realidade de um território. Qualquer juiz poderá
dar uma decisão que vai se basear num princípio e não na lei”, alerta
o deputado.
Numa outra avaliação o ministro da Agricultura,
Mendes Ribeiro, afirma à Folha de São Paulo, que o texto aprovado no Congresso
deve ser comemorado pelo avanço alcançado. “Não acredito mais em guerra jurídica.
Acredito em avanços que devem ser aplaudidos”.
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