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Mercado brasileiro de sêmen cresce 4,7 % em 2015
A grande novidade do Index ASBIA 2015 é a apresentação dos números referentes à Inseminação Artificial por Estado
Mesmo no cenário de crise política e econômica do País,
as vendas de sêmen na pecuária brasileira cresceram 4,7% em 2015, em
relação ao ano anterior. Juntos, os segmentos de corte e leite
comercializaram 12.606.703 doses, ante 12.037.346 no ciclo passado. Os
números foram divulgados pela Associação Brasileira de Inseminação
Artificial (ASBIA), em coletiva de imprensa realizada dia 22 de março,
na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB), na capital paulista.
O resultado positivo foi puxado pelo segmento de corte, que absorveu
8.274.084 doses, ante 7.116.605 em 2014, uma evolução de 16,26%. Segundo
Carlos Vivacqua Carneiro da Luz, presidente da ASBIA, “a valorização do
preço da arroba durante todo o ano passado possibilitou ao produtor
investir no melhoramento animal através da Inseminação Artificial, o que
contribuiu para o desempenho positivo do setor.”
Segundo apurou o Index ASBIA, o mercado de leite comercializou
4.328.689 doses de sêmen, ante 4.921.341, no mesmo comparativo, uma
queda de -12,04 %. “No ano de 2015, diversos fatores impactaram o
mercado lácteo nacional e internacional. Tivemos o bloqueio à Rússia,
que tirou do mercado um importante player importador de lácteos, um
decréscimo no crescimento econômico da China, a Europa com sua economia
`flat` e o fortalecimento do dólar em relação a diversas moedas. Estes,
entre outros aspectos, trouxeram um significativo impacto no mercado de
sêmen. Os EUA tiveram redução de 6.53% nas exportações de sêmen de leite
e uma redução de 3.16% na comercialização total de sêmen de leite
(mercado doméstico e internacional), segundo a National Association of
Animal Breeders (NAAB)”, ressalta Vivacqua.
“No mercado brasileiro, tivemos, face aos bons valores da arroba, uma
intensificação de descartes dos animais de leite, gerando bom caixa aos
produtores; em alguns estados, houve a utilização de cruzamento com
raças de corte, principalmente nas novilhas, na busca dos bons valores
da remuneração da carne”, prossegue o presidente da ASBIA, acrescentando
que, como consequência destes dois aspectos, ocorreu uma redução das
fêmeas de leite disponíveis ao uso de Inseminação Artificial (IA) com
sêmen de leite. “Houve, também, um aumento dos custos de produção em
função da desvalorização do real e a manutenção dos preços do leite pago
aos produtores, trazendo menor rentabilidade à atividade”, analisa
Vivacqua.
Novidade do Index 2015
Pela primeira vez, o Index ASBIA apresenta os números da Inseminação
Artificial por estado, com base no volume comercializado. Segundo o
levantamento, 10,3% do rebanho total de fêmeas em reprodução foram
inseminadas, sendo 12,5% de leite e 9,5% de corte.
Santa Catarina aparece em primeiro lugar no ranking de utilização de
sêmen, com 24,8%, seguido por Paraná (19,1%), Rio Grande do Sul (18%),
Mato Grosso do Sul (15,1%) e São Paulo (12,1%). Embora Santa Catarina
tenha o menor rebanho de fêmeas em reprodução, é o que apresenta o mais
alto nível de tecnologia entre os cinco estados.
Mercado externo
Vale destacar, em 2015, o aquecimento dos negócios no mercado
externo, principalmente no setor de corte, que registrou um aumento
bastante expressivo: 54,9%. No período, as exportações de sêmen de corte
totalizaram 103.739 doses, ante 66.976 na temporada anterior. As vendas
também evoluíram no leite, com 118.852 doses comercializadas, ante
112.787, um incremento de 5,4% na mesma comparação.
O Index ASBIA 2015 traz o balanço do setor de Inseminação Artificial,
com números importantes sobre comercialização (nos mercados interno e
externo) e produção, referentes às principais raças de corte e leite,
distribuídos por estado. Também traz a evolução dos dois segmentos, por
raça, em seis anos.
Fonte: Íntegra da matéria publicada no site www.iepec.com em 24/03/16 - Grupo Publique/Associação Brasileira de Inseminação Artificial – ASBIA
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