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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Série Agronegócios



Criação de fundo para marketing da carne
Íntegra do texto Diário da Manhã – 13/09

Lí­deres e re­pre­sen­tantes da ca­deia pro­du­tiva li­gada ao con­fi­na­mento bo­vino no Brasil, abriram ofi­ci­al­mente an­te­ontem (11), em Goi­ânia (GO), a 5ª edição da Con­fe­rência In­ter­na­ci­onal de Con­fi­na­dores (In­ter­conf 2012), que de­ba­terá, em dois dias de ple­ná­rias, o eixo te­má­tico Pro­dução de Carne: Pro­cessos de­sen­ca­deiam pro­cessos.
A so­le­ni­dade de aber­tura contou com a pre­sença do pre­si­dente da As­so­ci­ação Na­ci­onal dos Con­fi­na­dores (As­socon), Edu­ardo Moura, do pe­cu­a­rista e di­retor re­gi­onal em Goiás, Ri­cardo Me­rola, do di­retor da In­ter­conf, Juan Le­brón, do pre­si­dente da Fe­de­ração da Agri­cul­tura e Pe­cuária de Goiás (Faeg), José Mário Sch­reiner, e do se­cre­tário de Agri­cul­tura de Goiás, Antônio Flávio Lima, que re­pre­sentou o go­ver­nador do Es­tado e do pa­les­trante master e ex-mi­nistro da Agri­cul­tura (Go­verno Sarney - 1987 a 1990), Maílson da No­brega.
Con­forme sa­li­entou o pre­si­dente da As­socon, Edu­ardo Moura, entre as pro­postas de tra­balho nesta Con­fe­rência está a in­tenção de unir todos os en­vol­vidos na ca­deia da pe­cuária, para que seja criado um fundo par­ti­ci­pa­tivo que possa fo­mentar ações mais efe­tivas em torno do mar­ke­ting da carne bo­vina bra­si­leira e da pes­quisa. 
“Eu cos­tumo dizer que ven­demos a carne bra­si­leira por pura tei­mosia, porque é um dos únicos pro­dutos que pro­du­zimos bem e em es­cala, que não tem mar­ke­ting. E é jus­ta­mente em função deste gar­galo, que fre­quen­te­mente ou­vimos ar­gu­mentos ab­surdos de que o con­sumo de pro­teína ver­melha faz mal à saúde ou que en­gorda, en­quanto ou­tras ca­deias da carne como a do frango, suínos e peixes estão tra­ba­lhando o mar­ke­ting em torno de seu pro­duto e estão ven­dendo cada vez mais e me­lhor.”
Para Moura, a Con­fe­rência tornou-se um es­paço fun­da­mental de de­bate pela opor­tu­ni­dade de troca de ideias, de in­ten­ções e de ex­pe­ri­ên­cias e, que este ano par­ti­cu­lar­mente, cuja pro­posta maior é de­bater ações e in­ten­ções que be­ne­fi­ciem e for­ta­leçam re­ci­pro­ca­mente os três elos da ca­deia pro­du­tiva da carne. “Ob­servo que a pe­cuária atual está pas­sando por um mo­mento de­li­cado, a pe­cuária vem per­dendo renda e es­paço seja pela exaustão das pas­ta­gens ou pelo avanço da agri­cul­tura e pela falta de renda. Por isso, muitos pe­cu­a­ristas estão aban­do­nando a ati­vi­dade, pre­fe­rindo ar­rendar suas pas­ta­gens para a ocu­pação da agri­cul­tura. Some-se a isso o fato de que nós per­demos também um im­por­tante com­prador ex­terno como é o caso da Eu­ropa, um mer­cado que me­lhor paga, então, nós temos vá­rios pro­blemas da ca­deia que pre­cisam ser dis­cu­tidos.”
Moura também sa­li­entou outra questão que é de que a ca­deia pro­du­tiva da pe­cuária não é só a carne, mas está li­gada a ca­deia de couro, de me­di­ca­mento e de hi­giene pes­soal. “Por­tanto, a ideia desta In­ter­conf é dis­cutir o setor como um todo, tentar ba­lizar e di­mi­nuir os pro­blemas ainda exis­tentes, porque esta ca­deia unida po­derá fazer muito pelo fu­turo do setor, olhar para frente e con­ferir o que pode ser feito em par­ce­rias, com a so­ma­tória de forças.” 
No pri­meiro dia de de­bate, um dos as­suntos de maior des­taque foi em torno da li­be­ração no Brasil do uso dos beta-ago­nistas – adi­tivos zo­o­téc­nicos me­lho­ra­dores da efi­ci­ência ali­mentar e ex­clu­si­va­mente re­co­men­dados para bo­vinos con­fi­nados, tema de­ba­tido pelos pa­les­trantes João Pa­lermo Neto, Prof. de Far­ma­co­logia Apli­cada e To­xi­co­logia da USP e Dante Paz­za­nese, di­retor téc­nico da As­socon.
“A In­ter­conf ins­pira o de­bate e o nas­ci­mento de vá­rias ini­ci­a­tivas, sendo uma delas exa­ta­mente a li­be­ração dos beta-ago­nistas, que foi dis­cu­tido pela pri­meira vez na con­fe­rência de 2010 e que teve o pa­recer final a favor este ano, cul­mi­nando na apro­vação do pro­to­colo de uso pelo Mapa. Isso mostra a força do evento e da classe pe­cuária”, des­tacou o ge­rente de ne­gó­cios da MSD Saúde Animal, Thiago Arantes. 
Con­forme Arantes, os beta-ago­nistas são uti­li­zados, há 16 anos, em 26 países e com muita se­gu­rança, o seu re­cente lan­ça­mento de co­mer­ci­a­li­zação no Brasil foi feito se­guindo as ori­en­ta­ções da ca­deia pro­du­tiva com todos os ór­gãos com­pe­tentes.

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