Diversificação e rotação das atividades de dentro da propriedade
favorecem todos os sistemas integrantes, afirma pesquisadores da Embrapa
Íntegra do texto de Wandell
Seixas - Diário da Manhã
“O preparo
convencional do solo mediante aração e gradagem, seguido de práticas
conservacionistas que minimizam a perda de solo pelo processo erosivo, pode ser
substituído com vantagens pelo sistema de plantio direto, sem que haja
revolvimento do solo pelas práticas de aração e gradagem.” A enfática
declaração é de Carlos Eugênio Martins e Marcos Cicarini Hott, pesquisadores da
Embrapa Gado de Leite, procurando induzir os produtores à adoção de novas
tecnologias.
Para isso, acrescentam eles, há necessidade da
cobertura vegetal que precede ao plantio, normalmente pastagens, seja
dessecada, pelo uso de herbicidas promovendo sua morte, cobrindo o solo e
protegendo-o dos efeitos danosos da erosão. “Esta palhada remanescente ao se
decompor devolve ao solo os nutrientes extraídos pela pastagem, possibilitando
por meio da decomposição e mineralização das raízes a formação de muitos
canalículos, responsáveis pela condução de água e nutrientes a camadas mais
profundas do solo, além de aumentar a aeração do mesmo”, salientam.
Fonte: www.agroevento.com
Aliado ao sistema de plantio direto surge o sistema
de integração lavoura-pecuária e mais recentemente a integração
lavoura-pecuária-floresta. Segundo manifestação de ambos, “conceitualmente o
sistema iLPF constitui-se na diversificação e rotação das atividades de
agricultura, de pecuária e de floresta dentro da propriedade, constituindo um
mesmo sistema, com benefícios para ambas”. E salientam que resumidamente pode
ser considerado como um sistema que potencializa o uso do solo.
Seus principais objetivos são: recuperar ou
reformar pastagens degradadas; reduzir degradação do solo e quebrar ciclo da
monocultura, de pragas e doenças; produzir pasto, forragem conservada e grãos
para alimentação animal na estação seca, madeira e palha para o plantio direto;
diminuir a dependência por insumos externos; aumentar a estabilidade de renda
do produtor e reduzir os custos tanto da atividade agrícola quanto da pecuária,
com impactos sobre a sustentabilidade no uso dos recursos naturais (menos
erosão e melhor qualidade do solo e da água) bem como menor pressão para
abertura de novas áreas, implicando na preservação de matas, flora e fauna.
Diante desta importante contribuição que a
integração lavoura-pecuária-floresta oferece para o sistema solo-água-planta, a
Embrapa, por meio de Embrapa Transferência de Tecnologia, implantou o programa
“Transferência de tecnologias para sistemas de integração
lavoura-pecuária-floresta”. O trabalho é em parceria com a Bünge e com a
participação efetiva de 30 unidades da Embrapa, contando com o apoio efetivo da
Emater, universidades e instituições de pesquisa de âmbito estadual. O programa
já implantou 192 unidades de referência tecnológica, que tem como principal
objetivo avaliar o desempenho do sistema iLPF em vários Estados, inclusive
Goiás.
O trabalho desenvolvido no programa de
“Transferência de tecnologias para sistemas de integração
lavoura-pecuária-floresta”, na opinião daqueles pesquisadores, vem
consolidar a expectativa que envolve a importância sobre a sustentabilidade do
sistema de integração lavoura-pecuária-floresta para o agronegócio brasileiro.
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