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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta




Diversificação e rotação das atividades de dentro da propriedade favorecem todos os sistemas integrantes, afirma pesquisadores da Embrapa

Íntegra do texto de Wandell Seixas - Diário da Manhã

 “O preparo convencional do solo mediante aração e gradagem, seguido de práticas conservacionistas que minimizam a perda de solo pelo processo erosivo, pode ser substituído com vantagens pelo sistema de plantio direto, sem que haja revolvimento do solo pelas práticas de aração e gradagem.” A enfática declaração é de Carlos Eugênio Martins e Marcos Cicarini Hott, pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, procurando induzir os produtores à adoção de novas tecnologias.
Para isso, acrescentam eles, há necessidade da cobertura vegetal que precede ao plantio, normalmente pastagens, seja dessecada, pelo uso de herbicidas promovendo sua morte, cobrindo o solo e protegendo-o dos efeitos danosos da erosão. “Esta palhada remanescente ao se decompor devolve ao solo os nutrientes extraídos pela pastagem, possibilitando por meio da decomposição e mineralização das raízes a formação de muitos canalículos, responsáveis pela condução de água e nutrientes a camadas mais profundas do solo, além de aumentar a aeração do mesmo”, salientam.
 Fonte: www.agroevento.com

Aliado ao sistema de plantio direto surge o sistema de integração lavoura-pecuária e mais recentemente a integração lavoura-pecuária-floresta. Segundo manifestação de ambos, “conceitualmente o sistema iLPF constitui-se na diversificação e rotação das atividades de agricultura, de pecuária e de floresta dentro da propriedade, constituindo um mesmo sistema, com benefícios para ambas”. E salientam que resumidamente pode ser considerado como um sistema que potencializa o uso do solo.
Seus principais objetivos são: recuperar ou reformar pastagens degradadas; reduzir degradação do solo e quebrar ciclo da monocultura, de pragas e doenças; produzir pasto, forragem conservada e grãos para alimentação animal na estação seca, madeira e palha para o plantio direto; diminuir a dependência por insumos externos; aumentar a estabilidade de renda do produtor e reduzir os custos tanto da atividade agrícola quanto da pecuária, com impactos sobre a sustentabilidade no uso dos recursos naturais (menos erosão e melhor qualidade do solo e da água) bem como menor pressão para abertura de novas áreas, implicando na preservação de matas, flora e fauna.
Diante desta importante contribuição que a integração lavoura-pecuária-floresta oferece para o sistema solo-água-planta, a Embrapa, por meio de Embrapa Transferência de Tecnologia, implantou o programa “Transferência de tecnologias para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta”. O trabalho é em parceria com a Bünge e com a participação efetiva de 30 unidades da Embrapa, contando com o apoio efetivo da Emater, universidades e instituições de pesquisa de âmbito estadual. O programa já implantou 192 unidades de referência tecnológica, que tem como principal objetivo avaliar o desempenho do sistema iLPF em vários Estados, inclusive Goiás.
O trabalho desenvolvido no programa de “Transferência de tecnologias para sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta”, na opinião daqueles pesquisadores, vem consolidar a expectativa que envolve a importância sobre a sustentabilidade do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta para o agronegócio brasileiro.

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